DEPARTAMENTO DE FILOSOFIA

O Departamento de Filosofia, com profundo pesar, comunica o falecimento do Professor Paulo Pinto Monte, decano do Departamento. Prof. Paulo Monte atuava no ensino desde 1984, tendo exercido também funções administrativas por vários anos. Era um grande filósofo e antropólogo, estudioso dos povos indígenas, sobretudo do povo Waimiri-Atroari, e também um grande arquivista e entusiasta da memória impressa e oral.
O Departamento de Filosofia e toda a comunidade universitária se solidarizam com os familiares e amigos do querido Professor Paulo Monte. Nas palavras do Prof. José Alcimar, "teremos de aprender a conviver com o silêncio de sua voz, sem a presença de seu modo justo e indignado de ser. A cada dia o nosso querido Paulão trazia o sol da manhã ao nosso Instituto". 

 Paulo Pinto Monte, Presente!

Foi com muita tristeza que Nira e eu recebemos a notícia do falecimento do nosso amigo e Professor Paulo Pinto Monte (13.09.1954 - 27.03.2021), do Departamento de Filosofia, IFCHS - UFAM. Conversei com sua irmã, Magali neste domingo, 28 de março de 2021 e nesta tarde chuvosa e amazônica. Como era seu desejo, seu corpo será cremado no Cemitério Recanto da Paz, no dia 30 de março de 2021. Ele pediu que suas cinzas fossem lançadas, semeadas (dizendo melhor) no bosque em meio às árvores plantadas por ele no nosso Instituto de Filosofia, Ciências Humanas e Sociais, que era sua segunda morada. Teremos que aprender a conviver com o silêncio de sua voz, sem a presença de seu modo justo e indignado de ser. A cada dia o nosso querido Paulão trazia o sol da manhã ao nosso Instituto. Ele sempre me chamava de Frei Alcimar, e sempre trazia à memória que eu havia celebrado o batismo de seu único filho, Ammer, na Comunidade Eclesial de São Dimas, o Bom Ladrão, na Paróquia de São Jorge. Fazia questão de, a cada vez que nos encontrávamos nos corredores do velho ICHL, pedir a minha bênção e sempre mandava um afetivo abraço para minha esposa Rosenira (Nira), com a lembrança dos quitutes. Perdemos um amigo do coração. Quem o conheceu sabe o quanto era um ser desapegado, irredento e desmedidamente generoso com o próximo e nem sempre cuidadoso com a própria saúde. Magali sempre me falava da teimosia de seu mano. Uma coisa é certa: no seu atual abrigo, cercado de santos e anjos, ele não vai abrir mão de sua inseparável carteira de cigarro. Desde ontem o céu ficou menos silencioso e mais incensado. Paulão e São Pedro chegarão a um entendimento. Vá em paz, querido Paulão. 

Dos seus amigos Rosenira Monteiro da Costa Oliveira e (Frei) José Alcimar de Oliveira, em Manaus, AM, 28 de março de 2021.

 

registrado em: